Inafune comandava os setores de pesquisa e desenvolvimento da Capcom em vários níveis: desde o gerenciamento de conteúdo até a produção dos jogos. Em um texto com o título “Sayonara” (“adeus”, em japonês), o criador de Mega Man explicou os motivos:
“Ser um gerente significa avaliar seus subordinados e falar sobre seus sonhos. Qualquer pessoa que fizer essas duas coisas pode ser um gerente. Eu pensava assim quando cheguei aqui, e ainda penso a mesma coisa.”
O problema é que Inafune acha que não consegue mais fazer essas duas coisas. Procurada pelo Kotaku, a Capcom disse o seguinte:
“O senhor Inafune encaminhou seu pedido de demissão no dia 19 de outubro. A demissão seria efetivada no final de novembro, mas, devido a férias pendentes, ele deixará a empresa no final de outubro.”
No texto de despedida, Inafune também avalia seus 23 anos na Capcom. Keiji começou como designer de personagens, e agora, como ele mesmo diz, chegou ao topo da estrutura na empresa. “Não há mais para onde crescer”, disse.
“Estou deixando a Capcom para recomeçar a minha vida”, acrescentou. Inafune garante que está procurando novos desafios, e diz que não vai descansar. “As pessoas que realmente me conhecem sabem como eu sou. Eu não sou um cara qualquer. Talvez seja porque eu sou estranho.” Inafune encerra o texto agradecendo e dizendo que vai fazer o seu melhor.
Recentemente, Inafune gerou polêmica na internet, e, principalmente, no Japão, ao afirmar que a indústria de games no país estava “acabada”.
O produtor também deixou o cargo de diretor-executivo da Daletto, uma subsidiária da Capcom. Além de ser o criador de Mega Man, Inafune ainda ficou conhecido por criar (ou ajudar a criar) outras séries notáveis da Capcom, como Dead Rising, Lost Planet e Onimusha. Em seu texto de despedida, Keiji não dá pistas sobre qual será seu próximo trabalho.
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Fonte: Kotaku Brasil
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